01. Qual o papel da ASEBEX e as Bolsas para o Japão?
A ASEBEX não fornece bolsas de estudo. A associação reúne somente as informações e responde dúvidas que são de conhecimento dos seus representantes, todos voluntários. Não cabe à ASEBEX auxiliar na obtenção de cartas de recomendação de professores japoneses, já que está é uma das responsabilidades dos candidato. As universidades japonesas possuem websites onde é possível a busca das áreas de estudos e de um professor responsável. Uma dica é utilizar os sites de busca para saber os endereços ou consultar o Consulado do Japão mais próximo, onde há um catálogo de todas as universidades japonesas e suas especialidades.

02. As bolsas de estudos no Japão são oferecidas exclusivamente para descendentes de japoneses?
Não. A JICA (Japan International Cooperation Agency) e o Monbukagakusho (Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão) oferecem bolsas a brasileiros, não importando sua descendência. Alguns kenjinkais (Associações de Províncias), também oferecem bolsas a não-descendentes de japoneses.

03. Qual o procedimento para conseguir uma bolsa de estudo/estágio no Japão?
O primeiro passo do candidato é saber exatamente o que pretende fazer: se é um curso de extensão, pós-graduação, mestrado, doutorado ou estágio no Japão, e também a área de estudo/estágio. A partir daí, verificar qual entidade (JICA, Kenjinkai, Monbukagakusho) oferece a bolsa de interesse e se o candidato atende a todos os requisitos exigidos por ela. Como cada uma das entidades tem um procedimento específico de seleção, o candidato deverá entrar em contato diretamente com cada uma delas. Veja mais na página Bolsas deste site ou, para obter maiores informações, consulte a página Endereços para verificar os endereços das entidades.

04. Que tipo de bolsa é oferecida pela JICA (Japan International Cooperation Agency)?
A JICA oferece cursos de treinamento e bolsas de estudo na área de Exatas, Humanas e Médicas, do Ensino Fundamental ao Doutorado. O período de duração da bolsa é de duas semanas a dois anos. Veja mais na página Bolsas no Japão deste site ou consulte a JICA no endereço: Av. Bridadeiro Luis Antônio, 2729 – 6º andar – Ed. Torre Brigadeiro – São Paulo/SP – tel: (11) 3251-2655 – http://www.jica.go.jp/brazil/portuguese/office/.

05. Que tipo de Bolsa é oferecida pela LATEC (Latin America Technical Exchange Center)?
A LATEC encerrou suas atividades em 31/03/2012.

06. Que tipo de bolsa é oferecida pelo Monbukagakusho (Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão)?
O Governo do Japão, através do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia, oferece 5 tipos diferentes de bolsas de estudo em universidades públicas japonesas. São para os níveis de escola técnica superior, graduação e pesquisa (mestrado e doutorado), e também bolsas de treinamento para professores do ensino fundamental e/ou médio, e em língua e/ou cultura japonesa. Veja mais na página Bolsas no Japão deste site ou consulte o Consulado Geral do Japão: http://www.sp.br.emb-japan.go.jp.

07. Que tipo de bolsa é oferecida pelos kenjinkais (associações de província)?
A maioria das 47 províncias que compõem o Japão possuem kenjinkais no Brasil. As bolsas oferecidas por essas associações são de 2 tipos, em diversas áreas de formação: a bolsa kenpi ryugaku (de estudo), que tem duração de um ano; e a kenpi kenshu (de estágio profissional), que tem duração de 6meses a um ano. Veja mais na página Bolsas no Japão deste site ou, para obter maiores informações, consulte a página Endereços para verificar os endereços dos kenjinkais. Observação: a maioria dos kenjinkais exige que o candidato tenha ascendência da Província.

08. Que tipo de bolsa é oferecida pela Nippon Zaidan (Associação Kaigai Nikkeijin Kyokai)?
A Nippon Zaidan oferece bolsas para nikkeis (descendentes de japonesas) de diversos tipos, de acordo com o projeto apresentado pelo candidato. As bolsas têm duração máxima de 5 anos. Para mais informações consulte o site: http://www.jadesas.or.jp/PT/.

09. Para fazer mestrado no Japão, qual o procedimento para conseguir um “professor orientador” e a “Carta de Aceitação” da universidade japonesa?
O primeiro passo é fazer um “projeto de pesquisa” bem elaborado, pois esse projeto será analisado por diversos professores de universidades japonesas conceituadas e terá que convencer o governo japonês que valerá a pena investir no candidato e no desenvolvimento de seu “projeto de pesquisa”. Depois de elaborado o projeto, é necessário que esse seja enviado para algum “professor orientador” no Japão. Cabe ao candidato entrar em contato com seu “professor orientador” na universidade em que pretende fazer a pesquisa. O Consulado do Japão no Brasil possui um catálogo com os endereços e sites de todas as universidades japonesas e suas especialidades, e através dela é possível contactar um “professor orientador”. Esse professor analisará o projeto e se ele aprová-lo, enviará a “Carta de Aceitação” ao candidato. Observação: para bolsas do Monbukagakusho, o Consulado Geral do Japão, em São Paulo, fica na Av. Paulista, 854 (Departamento Cultural) – tel: (11) 3287-0100 – http://www.sp.br.emb-japan.go.jp . A JICA (Japan International Cooperation Agency) é uma instituição que costuma oferecer diversas bolsas para pesquisa. O endereço da JICA é Av. Brigadeiro Luis Antônio, 2729 – 6º andar – Ed. Torre Brigadeiro – tel: (11) 3251-2655 – http://www.jica.go.jp/brazil/portuguese/office/.

10. Quais as universidades mais conceituadas no Japão?
Duas universidades japonesas são tradicionalmente as mais conceituadas, a Todai (Tokyo Daigaku) e a Kyodai (Kyoto Daigaku). Porém existem universidades que são melhores em determinadas áreas de pesquisa. Vale a pena consultar o catálogo com os endereços e sites de todas as universidades japonesas e suas especialidades que existe no Consulado do Japão no Brasil, ou mesmo utilizar os sites de busca para saber mais sobre cada universidade japonesa.

11. É imprescindível ter concluído curso superior para conseguir uma bolsa de estudo/estágio no Japão?
Alguns kenjinkais oferecem bolsas kenpi kenshu (bolsa de estágio), para candidatos que ainda não tenham concluído o curso superior. Porém, para a maioria das bolsas oferecidas, que estão relacionadas a alguma especialidade profissional, é necessário ter concluído curso superior. Veja mais na página Bolsas no Japão deste site ou, para obter maiores informações, consulte a página Endereços para verificar os endereços das entidades. Observação: a JICA oferece bolsas a partir do ensino fundamental, e o Monbukagakusho oferece bolsas para graduação e também para escola técnica superior.

12. É necessário ter fluência em língua japonesa para conseguir uma bolsa de estudo/estágio no Japão?
Alguns processos de seleção exigem conhecimento da língua japonesa, pois a prova e a entrevista são feitas em japonês, como é o caso da maioria das bolsas de província. Outras, porém, dependendo da área de estudo, permitem que a prova, a entrevista e até mesmo o projeto de pesquisa sejam feitos em inglês, como é o caso de algumas bolsas da JICA e do Monbukagakusho, e até mesmo português, como é o caso da Nippon Zaidan. Ter conhecimento da língua japonesa é uma grande vantagem, pois facilita bastante o dia-a-dia no Japão, e a fluência da língua vai sendo adquirida aos poucos durante a estadia no Japão e a convivência com os japoneses. Porém, quanto mais preparado o candidato estiver, mais chances ele terá para conseguir uma bolsa de estudos no Japão.

13. É possível escolher a universidade/empresa onde se realizará o estudo/estágio?
É possível somente nos casos em que o candidato é quem determina a escolha do “professor orientador” e a universidade em que pretende realizar seu projeto de pesquisa. Na maior parte dos casos, dificilmente existe essa possibilidade, pois cabe a entidade que fornece a bolsa, alocar o candidato de acordo com o que está disponível. Nem sempre se consegue aquilo que o candidato deseja, porém, em alguns casos, é possível insistir à entidade para que procure algo mais adequado.

14. Quais são as condições oferecidas ao bolsista que vai estudar/estagiar no Japão?
As condições oferecidas ao bolsista que vai ao Japão são, geralmente: passagem de ida e volta, bolsa auxílio mensal, alojamento e seguro saúde.

15. No formulário de inscrição da bolsa de estudo do Monbukagakusho, é possível preencher mais de uma opção de universidade? Em caso de ter mais de uma “Carta de Aceitação”, é necessário optar por uma das universidades ou é possível se inscrever em todas elas?
O candidato que tem mais de uma “Carta de Aceitação” deve inscrever todas elas, especificando qual é a primeira opção e justificar a escolha.

16. Existe a possibilidade de trocar de universidade e de “professor orientador” no Japão?
Sim. Já houve casos em que foi possível trocar tanto de universidade como de professor orientador, porém é um processo complicado e depende muito do motivo pelo qual o bolsista quer fazê-lo.

17. É possível prestar mais de uma bolsa de estudo/estágio no Japão?
Sim, porém se for aprovado em mais de uma, caberá ao candidato escolher uma das bolsas. Esse tipo de atitude não é bem aceito pelas entidades japonesas. Se, por exemplo, o candidato passar nos processos seletivos da JICA e Monbukagakusho, e optar pela JICA, o Consulado talvez desconsidere sua aplicação no futuro, porque ele desprestigiou a oportunidade oferecida, e ainda por cima impediu que um outro bolsista fosse ao Japão. O mesmo acontecerá se optar pelo Monbukagakusho, a JICA vai deixar de mandar alguém por sua causa. A verba já foi liberada e não teve destino. Os kenjinkais também não aprovam essa atitude. Essa é uma das razões da diminuição do número de bolsas e dos valores mensais destinados aos bolsistas. Observação: em alguns formulários de inscrição existe um campo em que o candidato deve assinalar se está prestando bolsas de outras entidades. Em caso positivo, o candidato deve citar que está prestando outras bolsas. A sinceridade é levada bastante em consideração e as entidades têm conexões em todas as agências internacionais. Se descobrirem que o candidato omitiu informação, ele pode ser desqualificado.

18. Como são realizadas as inscrições e as provas de seleção para bolsa de estudos/estágio no Japão?
As inscrições devem ser realizadas junto à respectiva entidade que fornece as bolsas de estudo/estágio no Japão. O período de inscrição e o processo de seleção varia de acordo com cada uma delas. No caso das bolsas kenpi, as inscrições têm sido feitas nos meses de junho e julho e a seleção geralmente é realizada em meados de setembro, através de prova escrita, leitura de texto e entrevista em japonês. Para bolsas da Nippon Zaidan, as inscrições são realizadas geralmente nos meses de junho e julho, com apresentação de projeto, e em outubro, entrevista. Para bolsas da JICA e Monbukagakusho o candidato deve entrar em contato direto com as entidades, pois as modalidades de bolsas variam muito e, assim também, o período de inscrição e os processos seletivos. Para obter maiores informações, consulte os sites dessas entidades: JICA , Consulado do Japão.

19. Quais são as bolsas para curso superior no Japão e como são as provas de seleção?
O Governo do Japão, através do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia, oferece 2 tipos de bolsas para curso superior, o de graduação e o técnico superior. O curso de graduação tem duração de 5 a 7 anos, e as áreas de estudo são as de Ciências Humanas, Ciências Exatas, Biomédicas e Ciências Naturais. O curso técnico superior tem duração de 5 anos. A bolsa permite que o bolsista ingresse no 3º ano da escola técnica superior, após 1 ano de curso preparatório no Japão. Com exceção do curso de marinha mercante, os bolsistas com ótimo desempenho transferem-se para o 3º ano do curso universitário e podem solicitar a prorrogação da bolsa por mais 2 anos. Nas seleções para essas bolsas de Curso Superior no Japão, o candidato terá prova escrita de conhecimentos gerais, de língua estrangeira (inglês e japonês) e depois passará por entrevistas. Maiores informações, consulte o site do Consulado Geral do Japão.

20. É possível prestar para doutorado direto no Japão?
Sim. Qualquer candidato pode prestar para doutorado direto no Japão, desde que ele seja aprovado no exame de admissão da universidade japonesa e, nesse caso, subentende-se que o candidato já domine a língua japonesa.

21. É possível prestar bolsa de estudos/estágio em área diferente da que se tem formação?
Apesar de não ser muito comum, dependendo o tipo de bolsa é possível que o candidato tenha formação em uma área e venha a estudar/estagiar em outra. Com relação às bolsas kenpi kenshu, já houveram pessoas que eram formadas em certas áreas e que fizeram estágio em outras. Neste caso, o candidato deve estar trabalhando ou já ter certa experiência na área que deseja estudar/estagiar. Além disso, ele precisará convencer a banca examinadora pelo motivo pelo qual deseja estudar/estagiar numa área diferente de sua formação universitária.

22. É possível que um brasileiro se inscreva para bolsa de estudo/estágio no Japão morando no exterior?
Sim. A JICA oferece bolsa para mestrado, com duração de no máximo 2 anos, em que o candidato pode se inscrever mesmo morando no Japão. Um dos pré-requisitos é que o candidato seja nikkei (descendente de japoneses) de algum país da América do Sul. Além de preencher vários formulários em japonês e fazer um exame de saúde, é necessário ter a “Carta de Aceitação” do professor de uma universidade japonesa, ou já estar matriculado e/ou cursando um programa de mestrado. Após o envio de todos os documentos necessários, geralmente, até o mês de agosto/setembro, o candidato é convocado para fazer uma entrevista em japonês na JICA de Tokyo, no mês de novembro. Observação: Para receber os formulários necessários via correio, basta solicitá-los à JICA de Tokyo. A Nippon Zaidan também permite que se faça a inscrição no Japão, tendo o mesmo pré-requisito da bolsa da JICA. Além disso, é necessário também preencher vários formulários e fazer um exame de saúde. Para mais informações consulte o site http://www.jadesas.or.jp/PT/ .

23. Quais são as etapas do processo de seleção para bolsa de pós-graduação no Japão através do Monbukagakusho?
Primeiro, o candidato deverá fazer a inscrição no Consulado do Japão no Brasil para a bolsa de pós-graduação, com projeto de pesquisa em português. Depois ele deverá fazer provas de japonês e de inglês, onde serão avaliadas a escrita, gramática e compreensão de texto. A maioria da prova é composta de testes, porém, na prova de japonês, há também questões que exigem a escrita de kanjis e de completar kotowazas. Após os exames, o candidato passa por uma entrevista que pode ser feita em inglês, japonês ou até mesmo em português, dependendo do entrevistador. Como a “Carta de Aceitação” deve ser entregue no consulado até o dia da entrevista, é necessário enviar o projeto de pesquisa (que deve ser escrito em japonês ou em inglês, dependendo de cada caso) com bastante antecedência para um professor orientador da universidade japonesa em que se pretende estudar, para que o professor possa preenchê-la e enviá-la de volta ao Brasil. Maiores informações, consulte o site do Consulado Geral do Japão. Observação: a resposta acima foi baseada no processo seletivo para bolsa de pós-graduação do Consulado do Japão de São Paulo, no ano de 2002.

24. O diploma do Japão é válido no Brasil?
É necessário fazer a revalidação do diploma junto às universidades aqui no Brasil.
A primeira coisa a fazer é receber um carimbo/reconhecimento do Ministério das Relações Exteriores do Japão e depois levá-lo ao Consulado/Embaixada Brasileira no Japão para reconhecimento do carimbo do Ministério.
Documentos mínimos para o reconhecimento: diploma, Sillabus, histórico e certificado de conclusão. Todos esses documentos com no máximo 3 meses de emissão (com exceção do diploma) para dar entrada no Ministério.
A revalidação do diploma no Brasil deve ser feita diretamente da faculdade/universidade. A universidade deve possuir procedimento autorizado pelo MEC. A maioria das universidades federais e estaduais possui. Os critérios variam de uma para outra. Maiores detalhes no site do Consulado Geral do Japão em São Paulo. Também pode-se contatar a faculdade onde se quer realizar a revalidação. Há alguns casos onde é necessário prova de avaliação.